Arquivo mensal: julho 2011

Um pressentimento funesto (Agatha Christie)

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Existem alguns livros que te conquistam pelo nome. O título Um pressentimento funesto, já deixaria qualquer um curioso e quando se lê logo acima do título, na capa, Agatha Christie já é motivo suficiente para ler e não parar mais. Relançado pela Editora L&PM o livro faz parte de uma série de histórias do casal de espiões mais charmosos da literatura, Tommy e Tuppence Beresford.

A cada página, o livro tem uma surpresa agradável, algumas nem tanto assim, confesso. Agatha Christie vai conduzindo a história de maneira magistral e em diversas páginas o leitor vai ficando sem ar com o suspense criado. Mas certamente é isso que torna o livro tão divertido.

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A incrível e triste história de Cândida Erêndira e sua avó desalmada (Gabriel García Márquez)

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A incrível e triste história de Cândida Erêndira e sua avó desalmada é mais um livro de contos de Gabriel García Márquez, escrito em 1972. Assim como Doze contos peregrinos o livro é repleto de pequenas histórias onde a magia se encontra com o cotidiano de um povo muitas vezes sofrido e miserável.

Originalmente, a história de Erêndira era um conto próprio, mas acabou por ser lançado junto com outras seis histórias, respectivamente: Um senhor muito velho com asas muito grandes, o mar do tempo perdido, o afogado mais formoso do mundo, morte constante para além do amor, a última viagem do navio fantasma e Blacamán, o bom vendedor de milagres.

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Sardenha como uma infância (Elio Vittorini)

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Existem livros que são sensoriais e Sardenha como uma infância certamente é um deles. Percebe-se isso logo na primeira frase do livro “Eu sei o que é ser feliz na vida- e a dádiva da existência, o gosto da hora que passa e das coisas que estão em torno, ainda que imóveis, a dádiva de amá-las, as coisas, fumando, e uma mulher dentro delas.” Tampouco pode ser considerado um livro de auto-ajuda, apesar de algumas passagens se assemelhem a tal, Sardenha como uma infância, lançado pela editora Cosac Naify é um livro feliz e que te ensina a ser feliz.

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Melancia (Marian Keyes)

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Melancia é um tipo de livro para se ler quando está triste, pois é uma homenagem ao bom humor. Conquistando uma legião de fãs, o primeiro livro da irlandesa Marian Keyes é despretensioso, divertido e repleto de clichês – mas quem se importa? De histórias sobre mulheres na faixa de trinta anos, temos Bridget Jones, que virou filme e que reside um pouco em cada uma de nós, mulheres.

O livro conta os dissabores de Claire, uma garçonete de 29 anos que perdeu o marido para uma amante logo após dar a luz à Kate, a primeira filha. Entre a depressão pós parto, bebedeiras e um corpo grande e redondo como uma melancia, ela vai tentando levar a vida. E nós, vamos de carona.

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Hibisco roxo (Chimamanda Ngozi Adichie)

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Dentro da história mundial, é sabido que os efeitos da colonização podem ser nocivos ou benéficos dependendo de como é a influência do colonizador no povo colonizado. Tratando-se de uma África partilhada por diversos países, podemos afirmar que na Nigéria, como um recorte, foi amplamente difundida a cultura americana e européia. E é nesse país católico e tradicionalista com a sua identidade em conflito que a trama de Hibisco roxo acontece.

Através de Hibisco roxo, lançado pela Editora Companhia das Letras a Nigéria se torna mais próxima do Brasil e pelos olhos da menina Kambili, mergulhamos na mágica e misteriosa cultura nigeriana. Ela é uma garota bonita que tem uma vida muito boa em comparação com outras jovens da mesma idade.  Junto com o irmão Jaja, desfrutam de confortos que para a maioria de brasileiros (água encanada, comida saudável, ensino de qualidade) é considerado normal, mas em um país tão dividido, nem tanto.

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Do Amor e outros Demônios (Gabriel García Márquez)

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Gabriel García Márquez em um dos seus livros mais densos nos conta uma história mágica no Caribe. O autor, enquanto jornalista foi encarregado de escrever uma reportagem sobre as criptas funerárias do Convento de Santa Clara, encontrando então a ossada de uma menina com cabelos medindo 22 metros de comprimento.

Lembrando então de uma lenda que sua avó lhe contava, ele, escreveu Do Amor e outros Demônios a história de Sierva María de Todos los Angeles, uma marquesinha milagrosa que possuía cabelos que se arrastavam como um véu de noiva.

A menina sempre foi rejeitada pelos pais e acabou sendo criada entre os empregados e os escravos, durante um passeio foi mordida por um cão – supostamente com raiva. O fato em si não gerou nenhum alarde, pois Sierva gozava de excelente saúde. Porém com o passar das semanas, ela passou a ter um comportamento “estranho”, foi associado à possível mordida do cão.

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A menina que roubava livros (Markus Zusak)

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A menina que roubava livros é aquele tipo de livro que você descobre que está em alguma lista de “os mais lidos do mês” e procura ler só por curiosidade ou para criticar (aí está a Stephenie Meyer que sabe bem o que é isso), e acaba dando o braço a torcer e se encantando com a história.

Liesel Meminger era uma menina comum que teve a sua vida transformada por causa da Segunda Guerra Mundial e de uma companhia sempre constante na sua vida, a morte. E é ela que assombrada, conta a sua história e as vezes que a encontrou.

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A Casa dos Espíritos (Isabel Allende)

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Isabel Allende é uma das escritoras latino-americanas mais conceituadas dentro da literatura latina ao lado de Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa. A Casa dos Espíritos é possivelmente o mais épico dos seus livros. A história do Chile mesclando magia, realidade e tragédia por três gerações de uma família através dos olhos das personagens femininas, algumas, o alter ego da escritora.

A autora não escreveu apenas um bom romance, mas também um manifesto contra o governo repressor de Salvador Allende. Onde através de seus personagens e principalmente na figura de Esteban Trueba (que participou da revolução socialista) denunciou a ditadura sofrida. Três personagens são as narradoras da história, apesar dos fatos girarem em torno de Esteban Trueba, é através de Clara, Blanca e Alba: Mãe, filha e neta que a história da família vai se prendendo a história do próprio país, atônito diante dos horrores da ditadura.

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